31.12.10

em contagem progressiva

para tudo que está por vir...

27.12.10

com quantos "O"s se faz um "H"?

estado físico da água:
o nó quando a lágrima se solidifica e fica presa na garganta...

esse ano tive dor e nó por conta disso...
hj uma amiga falou de nódulos...

o bom, é que tudo isso se evapora tb!

*

que toda pressão que vivi esse ano e as que ainda não estão resolvidas
que possam estourar com a champagne daqui alguns dias!

que saia escorrendo, espumando, borbulhando!

e que solidificadas venham as coisas boas,
os planos, os sonhos, as expectativas...

17.12.10

medit ativa

após as respectivas prospectivas,
esperando a confirmação das perspectivas!

7.12.10

bienalizada


Essa obra da Bienal tá ecoando em mim...

tic-tac-tic

Ontem a Ansiedade tocou suas badaladas.
Hj ponteiro batendo na fadiga.
Mas em minutos de indiferença.
Principalmente em relação a essas horas de nostalgia 
tão frequentes em minha vida...

No momento, espero para que a epifania chegue em ponto!

(e que eu possa dormir em qualquer possibilidade 
de momentos de remorso, pânico ou medo... 
melhor  mesmo é acordar em êxtase!)

2.12.10

perplexidade

Qta coisa cabe em um ano!

22.11.10

crescer dói, mas dói gostoso!

Às vezes a gente é gente grande mesmo sem querer...
Já não gosta mais das mesmas coisas,
não tem o mesmo pique,
não vê graça tão facilmente,
começa a mudar de sonhos,
fazer outros planos...

Mas tem dias que a gente tem que fazer força pra ser gente grande.
Porque queremos, mas não flui tão suavemente, tem que concentrar...

(mas melhor se conseguimos com sabedoria milenar, energia juvenil, sorriso puro de nenem)

15.11.10

novas órbitas

*** inferno astral estrelado ***

11.11.10

desnovelando

...dos novelos e das novelas...

8.11.10

Corujão

A vida anda emocionante:
cenas de ação,
tramas paralelas,
pontos de virada,
narrativas multiplot,
diálogos frenéticos...

Saudades dela como sessões da tarde,
mas confiante de finais felizes!

29.10.10

dieta saudável

a sexta feira da semana:
falando abobrinhas apimentadas com meus xuxus!

18.10.10

primavera 2010

plantando, regando, ceifando, colhendo,
tudo ao mesmo tempo!
tá faltando o sol...
(pra ficar ainda mais radiante!)

23.9.10

Ensine-me Veronique!

...A ter uma vida dupla!

Ter um plano A e um plano B não seria nenhum problema,
se não fosse pra viver os dois paralelamente
e ainda ter backup pra cada um...

É assim que me sinto trabalhando e projetando ao mesmo tempo!

E ainda pensando em entrevista, prova, concurso, edital...
Tudo ao mesmo tempo agora!!!
Aff! (tem sido minha "expressão de ordem")

Mas antes assim!
Sempre!
E vamos em frente...
que o de trás já me atropelou!

17.9.10

haikai contemporâneo

tempo urge
tempo ruge
alerta rouge

15.9.10

compressão de explosão

o problema de gostar demais é sofrer demais...
me entrego em qq relação, e assim qdo sofro em meus relacionamentos vira questão d vida ou morte e conflitos d amizades explodem em mim.

comprimir meu coração que só cresce, derrete e pulsa é uma agressão a mim mesma...

ao mesmo tempo se proteger é sábio, até pq tb tenho meu gênio
e ele não me oferece desejos pela lâmpada...

(mas não custa continuar esfregando)

8.9.10

oscilação

é uma palavra tão bonita, tão sonora...
mas nesse momento ela tá ecoando árida
de uma serenidade para uma melancolia
onde não encontro o caminho
permaneço em dúvidas
e tudo parece frágil...

31.8.10

"olha a cobra"...

alimentado a fogueira pro salto precisar ser mais alto!

(qdo vamos pro outro lado pq a ponte quebrou, mas ainda tem mta água pra passar!)

19.8.10

Tarefas metonímicas:

a parte pelo todo, novas tentativas diárias!
(aparte o trocadilho e haverá sinceridades noturnas)

9.8.10

pré-primavera

recolhida

5.8.10

espelho, espelho meu!

há momentos em que a faca e o queijo na mão
nos transformam em verdadeiros sádicos assassinos!

2.8.10

a-gosto do freguês!

quem não tem cão, caça com cachorro louco mesmo!

(declaração de quem briga com as sarnas pra se coçar,
 corre atrás da bola da vez até ficar de língua de fora
e abana rabo em busca de afagos!)

19.7.10

dupla personalidade blogiana

a arte pra falar da vida
ou a vida pra falar da arte?!

http://diculturices.blogspot.com/2010/07/eternal-sunshine-of-spotless-mind.html

um segundo semestre-semente 2010!

ansiando ansiosamente!

a esperança e a empolgação estão dominando o medo...
(encolhidinho e calado nesse momento!)

13.7.10

o começo do fim...

sim, muita saudade de todos!
mas confesso, pra quem mais vou precisar de um tempo
é pra mim!

egoísta?

introspectiva, eu diria...

7.7.10

mais do mesmo em outras palavras

o segredo seria ser instigada e confortada ao mesmo tempo...

(um pouco de agressão para mover e carinho para não paralisar)

a última conclusão q tive da minha eterna ânsia
de entender meu coração e suas buscas...

29.6.10

esperando o sinal tocar

vontade de um confortinho besta...
ficar um dia em casa...
(q casa?)
ir ao cine
(em língua materna!)
receber cafuné
(amigos, família...)
ser entendida
(sem precisar do meu não totalmente fluente espanhol,
inglês precário ou francês farsesco)

vontade de fazer nada...

sem ter q assimilar novidades...

precisando de recreio do recreio...

e sabendo q sentirei falta de tudo!

19.6.10

auto-conhecimento

estranhamentos como parte do processo

16.6.10

trabalho irradiante

Semana passada em uma conversa sobre energia, reiki e afins, me fez me dar conta de como eu trabalho troca de energias e como isso me definiu (inclusive profissionalmente).
Sei, por exemplo, que me distancio de pessoas de tanto que amo e como sofro com expectativas não correspondidas (sejam simples conhecidos, amigos de toda espécie ou mesmo grande amores)...

Ter decidido trabalhar com arte foi uma maneira de me manter aberta ao mundo, mas me fechar em certo minimalismo de uma narrativa por vez. Em cada vez tentar construir beleza e poesia mesmo com as situações mais feias e tristes (não pra maquiar a realidade, mas para usa-la como instrumento de emoção).

Filha de sociológa, com parentes políticos e com uma passagem relâmpago de militância, percebi que o fato de ser aberta ao mundo, nessas situações há um risco muito grande, me acabo! Todo negativo me atinge e definho... Não posso. Minha luta é outra e como acredito nas palavras de Caio Graco, aí sigo:


"Livros (- ou filmes) não mudam o mundo, quem muda o mundo são as pessoas. Os livros só mudam as pessoas."

6.6.10

o começo após o fim

poder de regeneração infinito...
pós despedida de fim de curso
já mergulhada em outros ultramares...

29.5.10

segura coração

já comecei a viver a dorzinha do fim...
angústia de tudo que podia ter sido e não foi...
que tanto faltou...
e ao mesmo tempo que tudo que foi
e que já me deixa nostálgica...

25.5.10

vivendo o que poderia ter sido há 7 anos atrás...

me despedindo da minha nova juventude tardia...
estudar e morar em república, tomar cerveja depois da aula, receber diploma...

falta pouco...
depois a viagem de fim de curso...

coisas q não fiz ao meu tempo e que faço agora aproveitando mais!

logo mais volto a ser gente grande, e confesso que não com pesar, mas já com ansiedade!

16.5.10

paradigmas intoleráveis

deveria ser mais intolerante com a minha intolerância?

ainda que em geral ela se aplique
às intolerâncias e pré-conceitos que existem na vida?

11.5.10

"quando o sol bater"...

vivendo um ano atípico:
da primavera fui ao inverno e
voltei três horas pra trás,
logo fiquei com fuso
e em cinco estava a distância
do verão que não chegou...

agora sinto a primavera 
e sei que depois de um breve verão, 
será primavera outra vez...

para tentar florir e que ainda que volte
essas cinco horas pra trás, 
estarei avançando pra esperar
um verão completo e muito mais radiante!

8.5.10

tic-taqueando

Dormir para adormecer pensamentos.
Mas o que fazer ao despertar?

6.5.10

sentimientos distintos

tu "me da igual" me diferencia
por no me adicionar
y así me dejar substraída...

(mi primero post en español)

2.5.10

número de vida...

O oito sempre foi meu número preferido, 
ainda quando eu nem sabia 
que quando ele deitava virava infinito...

(meus números preferidos sempre foram os pares - 
para ninguém precisar se sentir solitário...
e os mais redondos... 
de escrever ou de falar: 
dois... seis... mas o melhor: oito...

mas também não nego pessoas 
e situações ímpares em minha vida...
talvez as busque para se emparelharem comigo...

e claro que abro exceções, 
por exemplo para acolher aqueles que 
são vistos como de azar, como o famoso 13...

mas como o oito, pra mim não há ninguém... 
infinitamente parte de minha vida...)

26.4.10

filha única

A vivência de ter sido filha única por tanto tempo - e em casa sempre - me gerou por um lado um gosto pela tranqüilidade de um domínio pelo meu espaço, minhas coisas, meu mundo...
(e em geral tenho momentos muito intensos de me ensimesmar e entrar na "casinha", que é algo metafórico, mas que muitas vezes está representada também por coisas materiais)...

Por outro lado essa vivência também me gerou uma ansiedade por compartilhar... Poder receber amigos, oferecer o que tenho, poder ser anfitriã, poder gerar bem estar e prazer, cuidar...

Me vejo muitas vezes então com esse espírito maternal, que quer dar, mas que quer os "filhos" sejam obedientes...

mais uma pro ABC do meu lado B, lado A...

;)

22.4.10

direito de permanecer calado

Lembro na infância de ouvir essa frase em filmes e não fazer sentido pra mim.
Eu que sempre tão ansiosa por falar e falar e falar, achava impossível reivindicar outro direito que não esse...

Depois acompanhando situações de novelas (fictícias ou reais) fui percebendo o perigo que a palavra pode ter... Mais recentemente, senti na pele a gravidade de más interpretações e, pior, o mal uso delas...

Agora já sei que apesar de minha constante ser dar voz àquilo que me dá na gana, cuido um pouco (e tenho que cuidar mais) para que minha sinceridade excessiva não ofenda, magoe ou, ainda, para que situações de mais complexidade não adquiram duplo sentido e possam ser mal interpretadas...

Ambigüidade faz parte de mim, mas parecer ser o que não sou, nem sempre me contenta...

15.4.10

DISCO QUEBRADO (em 10 post-songs)

(de volta ao tema em 10 capítulos)

Gosto de pensar em defeitos e qualidades
como parte de um todo que me forma. 
Isso não para me conformar e justificar defeitos,
mas para não negar o que sinto minha essência
sem deixar de buscar equilíbrios...

(a seguir as 10 notas musicais)

LADO NEGRO LADO A (# 1)

(capítulo #1/10 de DISCO QUEBRADO)

Pensando no lado A de meu lado negro, que seria o mais pop,
o que mais conheço, o que mais toca por aí:

Que a busca pela ordem e pela racionalidade
não criem ditaduras, atas, maneirismos...

LADO NEGRO LADO A (# 2)

(capítulo #2/10 de DISCO QUEBRADO)

Que a persistência não se exceda tanto em teimosia.

...A nostalgia em paralisia...

LADO NEGRO LADO A (# 3)

(capítulo #3/10 de DISCO QUEBRADO)

Que a aceitação que tenho pela ambigüidade, por entender complexidades e buscar o que há além, não se torne confusão, complacência com bagunças, convites a caos...

Que as vontades múltiplas que tenho não me asfixiem em ansiedades -
porque ansiar é bom, mas as ânsias...
(ainda mais porque em mim há que ter cuidado para que a impossibilidade dos desejos não se vertam em bilis,
me azedando em mau humores) 

LADO NEGRO LADO A (# 4)

(capítulo #4/10 de DISCO QUEBRADO) 

Que o amor e o carinho que tenho
não gere em mim tanta dependência e cobrança,
Que a busca por entender-me e desabafar-me
não se torne exposição.

LADO NEGRO LADO A (# créditos)

(capítulo #5/10 de DISCO QUEBRADO)

(E assim poderei conviver com todo amor que há dentro de mim,
com todas saudades que sinto,
com tudo que quero tanto,
com tudo que posso entender que passa na vida,
com tudo que falo a torto e a direito
- em bloques e blogues ou onde seja...)

LADO NEGRO LADO B (# capa)

(capítulo #6/10 de DISCO QUEBRADO)

"Por outro lado...

E então tenho esse outro lado... um lado negro que é um lado B...
um lado de sentimentos que me surgem e que não entendo,
que me consomem, me põe pra fora de mim.

E desses tento fugir...
(pra não me desconhecer).

LADO NEGRO LADO B (# 1)

(capítulo #7/10 de DISCO QUEBRADO)

Como a preguiça que é algo que me dá medo me entregar... Fujo.
Às vezes me ensimesmo onde há espaço para ser em outro ritmo,
às vezes me proponho infinidades para agir, agir, agir,
sem espaço para brechas...

LADO NEGRO LADO B (# 2)

(capítulo #8/10 de DISCO QUEBRADO)

Comparações me aniquilam, me dão insegurança, despertam a inveja, então corro como da cruz, não alimento ciúmes e acabo nem sentindo...
E se acaso há tropeços, desvio, busco outros caminhos e sigo...

LADO NEGRO LADO B (# 3)

(capítulo #9 de DISCO QUEBRADO)

Raiva é um sentimento que também não sei sentir, muito porque ele está ligado a situações do que deveria ter sido de um jeito e não foi, onde deveria ter sido assim, entretanto...

Tanto que pode haver... Tento pecar e me arrepender pelo que fiz e não pelo que deixei, assim pelo menos terei aprendido coisas novas... E quando não há como evitar o arrependimento, ou o problema, prefiro sofrer.

Que o sentimento seja de dor e não de raiva, porque essa energia que vem em meu corpo, prefiro que se vá em lágrimas - que essas conheço bem!

E ainda que seja uma dor fulminante e que também me aniquile, de alguma maneira entendo e sei que não posso fugir:

O "não", o "nunca", ou pior: o "nunca mais"...

Construo meus planos e sonhos construindo a mim mesma, abandonar é me destruir um pouco, mas há reconstruções, então, esperanças...

LADO NEGRO LADO B (# créditos)

(capítulo 10/10 de DISCO QUEBRADO)

Aí está minha orquestra em compacto:

o que batuca (em tum-tum, toc-toc, tic-tac...),
as cordas (no pescoço, de cabo de guerra, de amarras...),
as teclas (pianissimamente em computadores, celulares, elevadores...),
os sopros (de vida,em cabelos,folhas d outono,suspiros,movimentos...)

E assim sinfona minha vida... em melodias e melonoites,
aprendendo com Caetanos / João Gilbertos (e afins),
- já que sou irremediavelmente como eles -
"A SER DESAFINADA"
e (en) cantos espantando meus males...

12.4.10

para o alto e avante...

tempos atrás falei do meu medo,
não de perder meu chão, mas de perder meu céu...
e é sempre o que me angustia
quando passo por mudanças drásticas:
me apego aos sonhos
e eles passam a fazer parte de mim de verdade,
então abandoná-los é um pouco ter que me redescobrir, reconstruir...

hoje falando com meu pai e em pendências, atrasos e afins,
estava declarando certa vontade de correr atrás de prejuízos,
 ao que ele me alertou: melhor correr atrás dos lucros!

então, eis o que farei: buscar meus lucros e encontrar meus céus!
(só falta minha capa mágica de mulher maravilha!)

1.4.10

labirintos

levanta, sacode a poeira, e dá a volta por onde dá...

31.3.10

ninho de mafagafos

Viver em outra língua tem uma intensidade à parte...

O ouvir e falar tomam tanto da cabeça que sobra menos espaço pra divagar...
Exigem uma concentração constante, ou então, quando já cansada ou saudosa de divagações, simplesmente me desconecto e o espanhol logo já se torna um russo...

Pensei que o fluir em uma língua hermana fosse mais fácil,
mas talvez por inabilidade minha ou talvez pelo processo envolver coisas mais além,
às vezes me pego em rudimentarismos de mímica...

mas tudo ao seu tempo...
e tb, no final, quem tem boca chega aqui!

29.3.10

laudo

carência múltipla de órgãos

25.3.10

Fallas - el carnaval valenciano

por Tom Jobim
(traducción en los conmentários)

"Tristeza não tem fim
Felicidade sim
A felicidade é como a gota
De orvalho numa pétala de flor
Brilha tranquila
Depois de leve oscila
E cai como uma lágrima de amor

A felicidade do pobre parece
A grande ilusão do carnaval
A gente trabalha o ano inteiro
Por um momento de sonho
Pra fazer a fantasia
De rei ou de pirata ou jardineira
Pra tudo se acabar na quarta feira
(de cinzas - cenizas)

Tristeza não tem fim
Felicidade sim

A felicidade é como a pluma
Que o vento vai levando pelo ar
Voa tão leve
Mas tem a vida breve
Precisa que haja vento sem parar

A minha felicidade está sonhando
Nos olhos da minha namorada
É como esta noit
ePassando, passando
Em busca da madrugada
Falem baixo, por favor
Prá que ela acorde alegre como o dia
Oferecendo beijos de amor

Tristeza não tem fim
Felicidade sim












24.3.10

bolhas que estouram em silêncio

me calo
em meus pés
e nos alheios

23.3.10

tpm outra vez

TPM pra mim já se tornou uma palavra habitual
ouço justificativas femininas, brincadeiras masculinas
já faz parte do nosso universo cotidiano abertamente...

De repente me confronto com a anormalidade
que ainda tem esse estado pré menstrual da mulher
em outras culturas... nem europeus, nem latinoamericanos...
para todos uma certa estranheza...

Talvez seja estranho mesmo, talvez pareça muito íntimo,
mas o que fazer se me sinto exteriorizando a minha?
se acabo não podendo controlar mau humores, fragilidades,
sentimentos e sensações à flor da pele desses dias?

Posso não verbalizá-la, mas não tenho como contê-la,
ela me domina e me coloca do avesso,
não contenho o que vem a fora
e muitas vezes nem é o que está dentro,
lados obscuros que fazem parte de mim
mas muitas vezes não são o essencial...
tenho a sensação do meu corpo em movimento nesses dias
com uma ansiedade de quem não pode deixar de balançar o pé
de quem não pode controlar um falar mais alto
de quem derrama mais lágrimas do que as necessárias...

me sinto feminina, mulher e ao mesmo tempo meio bruxa, feiticeira...
meu corpo fazendo poções com meus hormônios,
pós de sapo e de pirlimpimpim...

SUPERCALIFRAGILISTICE EXPEALIDOCIOUS!

7.3.10

Crônica de uma Vida de Mulher

Acabo de ler esse livro de Arthur Schnitzler.
Parece simples, parece apenas uma crônica, um relato, mas em mim ecoa muito mais...

Uma jovem no início do século passado sentindo tantos sentimentos intensos, tantos sonhos, ansiedades, angústias que não se sujeitava a condutas de postura, a gestos e costumes e morais... Ela queria se desprender de casamentos, maternidades convencionais, bons comportamentos, passeios, jantares... Para ir de encontro ao que estava dentro dela de mais profundo...

A questão é que ela não sabia o que era...

E se sentia incapaz de procurar em uma sociedade tão preconceituosa com sua condição.

Quase cem anos depois, as condições mudaram, mas a abertura em que me sinto como mulher nem sempre ilumina meu caminho...
Liberdade demais também oprime e machuca...
E nem sempre a liberdade é plena...
Vivemos em sociedade e nossa liberdade, nossos desejos, nossos sonhos sempre esbarram com os outros... E há muitos outros ao lado...

Personagens que me tocam sempre acabam me tocando a mim mesma... Suas histórias me preenchem e me encantam e depois sigo em busca de mim...

Ainda tocada com Crônica de uma vida de mulher, dialoguei um pouco com meus fantasmas pessoais... Hesitando em enfrentar meus personagens que me esperam... Ainda vi um par de episódios de Anos Incríveis... Lembrando meus velhos tempos... Meus novos tempos... Meus tempos eternos...

De quem se emociona com personagens alheios, que faz deles um pouco de si e que deve fazer de si um pouco personagem em roteiros a seguir...

Inspirar, expirar e enfrentar ultramares que há pela frente...

6.3.10

mímica de uma imitação

entendendo meus personagens
como quem confronta a si mesmo...

26.2.10

o que o skype ñ pode...

de repente me dei conta da falta que me faz um cafuné...
acho que nunca fiquei tanto tempo sem...

tão preenchida de palavras, sentimentos, novidades (reais e virtuais)
ñ tinha pensado nisso ainda...

mas hj me dei com uma carência...

19.2.10

relatividade de tempo e espaço

acordei tal hora... que onde tá meu pensamento não era...
quero me conectar mesmo â distância...
me deu incômodo com o fim do horário de verão...
(que sinto tão invernal daqui)

como uma hora parecerá léguas e milhas e horas luz...
horas trevas: na treva do acordar e ainda estarem em silêncio,
na treva do dia aqui se acabar e eu ainda querer aproveitar tudo que falta dele com vcs...

queria estar mais perto...
mas é muito importante estar aqui...

estações tempo, tempo espaço
e na verdade existirem ainda tantas outras dimensões...

18.2.10

a 7a arte da vida

Parece que ontem pela primeira vez veio o sofrimento com a separação.
Até agora era o sofrimento com as dúvidas, as incertezas, os questionamentos, a possibilidade de não ser.

Agora é a impossibilidade, é a dor do acabou.

Em nossa história fiz um roteiro, um romance com final feliz. Algumas cenas foram filmadas junto. Começamos a tentar montar o que fomos e o que seríamos, faltava tanto, a narrativa não se sustentava, chegamos ˙a ponta preta...

Uma roteirista e um montador:
uma história cinematográfica.

"Era uma vez, tudo seria, vieram os conflitos, jump cuts, fade outs, pontos de virada nos esmagaram."
fim.

11.2.10

de volta à carteira

fazia tempo que não tinha aulas tão filosóficas...
filosofar sobre a comunicação, a linguagem,
a arte de se expressar, de escrever...

reencontro com toda a minha sede de saber,
com minha ansiedade de me alimentar de tudo e de todos:
gregos, antigos, modernos, pós-modernos...filosofias, literaturas, teatros, cinemas...psiques... mtas psiques...

mergulhos em macros e micros cosmos...

katarsis de uma aula que de repente se encerra com
"Freud aprendeu a curar com a palavra"
e meu diálogo com isso... em minhas buscas artísticas
ou em meus desabafos intimistas...

4.2.10

Mi año nuevo

Quando cheguei, ou mesmo ao me preparar pra cruzar o oceano,
de repente me vi tomada de uma tranquilidade,
que ñ tive nem quando no aeroporto
para só duas semanas de Europa (há dois anos).

Dessa vez ñ, coraçao de repente acalmou
(sem qq sinal de banzo) e deu espaço pro cérebro:
concentrar energia pra pensar no master,
nas locomoçoes, na comunicaçao, na instalaçao
pra pelo menos os próximos quatro meses em Valencia, etc.

E por tantas horas e dias a vida aqui esta sendo assim,
concentrada e sem dor, apenas o stress de tantas decisoes,
o mejor, tantas decisiones
(¡lo que lo hace mucho más intenso!).

Mas claro: o corazón também baila flamenco
e na menor brecha já dá sinais de mantequilla.

Mas até aqui estamos bem e inteiros,
y que así sea...

3.2.10

de volta às origens...

"Mirante" é tudo q estou: de um alto vejo ao longe,
tao longe... Saudades...
Já no chao tantas visitas: praticidade de organizar a vida a médio prazo,
exercer outra lingua, conhecer costumes, mirar paisagens...

E mir-antes pois sei q logo já será mirada ao que já foi...
Por isso nesse tempo de tantas expectativas,
vou esperar que elas virem o dia-a-dia e aí sim:
"caro diário mirante"
(se acaso for interessar a alguém...
e que se sim, me escrevam, plis... acá ou acolá...)

31.1.10

fica o ñ dito pelo dito

Que de tanto que vivi,
que de tanto que rodei,
viraram lacunas aqui,
um silêncio cheio de palavras,
pq sem dizer ñ encerrei o que ñ teria dito.

Agora já ñ recapitulo,
pra ñ ser fria com o que tao vulcânico.
Melhor que cada lava respingue
em cada novo presente que apareça
(a seu tempo)
...