23.12.06

uma outra estação...

ñ gosto de ter q me definir,
ñ gosto de nada q parece imutável...
Por isso nunca levei a sério a idéia de uma tatuagem...

Pensar no perfil do orkut me fez refletir...
(sim, tiramos assuntos das coisas mais idiotas possíveis)
Por tempos hesitei em colocar algo,
o silêncio, o invisível me parecia mto mais abrangente...
Mas em algum momento veio o desejo de...

Já nem lembro mais qdo...

"quem sou eu"

Sei q esse ano minhas definições de mim mesma foram de acordo com as expectativas.

Sou feita em gde parte disso,
tento me redimir às vezes, mas no máximo consigo suavizar,
o que é bom, pq perder de tudo é deixar de ser eu,
mas um equilíbrio é sempre saudável!

Nessas definições me deparei com empolgações precipitadas,
desânimos constantes,
e sonhos, sempre sonhos!!!
E pra me livrar do taxativo e rotulante,
me apoiei em estações...
Dividir realidades e esperanças em meses parece pouco,
em anos, mto, mas em porções de 4 meses parece tão razoável...
Em 4 meses parece possível q a vida mude...
Q se conheça alguém, q se livre de outrem,
q algum trabalho PLIM ou q outro PUFT,
q um lugar já ñ seja o mesmo,
o lar, por exemplo, já tenha outras doçuras,
e até q eu, já tenha perdido uma mania, um vício, um plano,
mas mantendo aquele “quê” que me faz a pessoa q ñ gosta de ter q se definir,
q ñ gosta de nada q pareça imutável,
que por isso nunca levou a sério a idéia de...

13.12.06

+ X

Alguns pequenos (ou nem tanto) acontecimentos estão se repetindo...
Dá uma sensação boa de familiaridade, até pq de bons ventos,
Mas tb pedregulhos em replay...
Fim de ano nos deixa loucos, ñ?

10.12.06

dezembrando...

um novo passo é dado!
novos choros tb são recebidos ao lado,

de repente, um fds q pareceria uma coisa virou outra...
deveria só ser tranqüilo?
curioso q assim ainda estou...

mas quero me contaminar com possibilidades!
q erupcione!!!

q mude, q chacoalhe!

pq sei q do jeito q tá, ñ quero...

3.12.06

de língua de fora

cansaço
e caretas

19.11.06

fim de ano

enfeites de natal pela cidade desde outubro.
pq antecipar tanto?

os "ho-ho-ho" sempre me pareceram um gesto irônico e distanciado
de um certo escárnio e singeleza
em relação a momentos de se rir
daquilo que antes tivesse sido desesperador ou aflitivo,
e as "luzes" sempre me pareceram iluminar
os pensamentos arrematadores do ano...

qdo era pequena isso costumava vir depois do meu aniversário

esse ano parece emendado com inferno astral...

pra ñ dizer acumulado por todo o ano...

no final, a reflexão: será q em 2007 o ano muda?

estouremos o champagne!!!

12.11.06

a felicidade é como a gota de orvalho...

"Mas não se esqueça que a felicidade é um sentimento simples,
você pode encontrá-la e deixá-la ir embora
por não perceber sua simplicidade"
Mário Quintana

Fiquei pensando que a felicidade pra mim é simples mesmo,
me sinto assim qdo estou feliz,
tudo parece fácil, tudo se encaixa...
mas qdo estou em busca tudo parece tão complexo!

Tento aqui, tento ali, ñ dá certo...
Reuno forças, luto, dá errado, me frustro, me enfraqueço...
Reuno mais forças, luto de novo...Desgaste total!

Às vezes entra-se nessa roda viva e a simplicidade parece inatingível...

"Tem dias que a gente se sente como quem partiu ou morreu"...
Chico

Ñ, ñ está tão obscuro, apenas cinza...

#Inferno astral 2006#

6.11.06

(...)

de repente agora de noite percebi q estou tranqüila...
após tantos dias aflitinhos, me acalmei...
ñ q curta mto calmarias, mas...

hj satisfeita após feriado-fim-de-semana de mtos agitos culturais:
repescagem da mostra internacional de cinema e satyrianas!!!

mas q venham tempestades!
pois com elas sempre a promessa de céu limpo e ensolarado depois!!

e até no encontro, nunca se sabe se um arco-íris no fim...

27.10.06

melancorrente

hj foi um dia cheio
cheio de vazios

26.10.06

debutando um joyce...

"E sem esperar por qualquer pergunta do pai, correu rua afora e começou, depois, a andar velozmente rumo à colina. Mal sabia para onde se atirava. Orgulho, esperança e desejo, como ervas comprimidas em seu coração, faziam subir vapores de violentos incensos diante dos olhos do seu espírito. Dirigiu-se colina abaixo por entre o tumulto de súbitos vapores que se esgarçavam, até que por fim o ar ficou claro e frio, outra vez.
Um véu ainda embaciava os seus olhos, que, entretyanto, já não ardiam mais." (...)

james joyce em retrato do artista quando jovem

comecei aos trancos, às vezes ainda enrosco, mas às vezes me deparo com esse sabor e profundidade...

23.10.06

mis miss

Saudade de vc!
E qta saudade de vc, mesmo.
sentindo faltas aqui e ali...
E até saudade de vc, q eu nem conheço...Ainda.

18.10.06

"era uma vez..."

Preciso usar essa crise criativamente,
Já que ela está bloqueando minha criatividade,
Terá potencial para algum roteiro,
Ou será apenas mais um clichê em minha vida?

17.10.06

tardo mas ñ falho!

A quem diga que não atrasa porque detesta esperar,
"se detesto, então como deixar o outro esperando?"

Eu realmente muitas vezes me preservo
conhecendo a angustia que passo com certas esperas...

Mas claro que não é tudo,
também sofro do mal de querer fazer tudo,
aproveitar tudo
e não quero deixar nenhum espaço vazio,
nenhum minuto ocioso...
E vivendo em São Paulo...
quantos imprevistos em um caminho...

14.10.06

fora do eixo desleixado

vim pronta prum comentário q me inspirou esses dias ao ir dormir,
mas chegando aqui ñ me soou espontâneo nesse momento...
tb tinha mais um sobre a série de tempo,
mas dessa vez algo específico e pontual...
no momento nada disso está ecoando tanto aqui dentro,
o q fez ecoar a reflexão do q ecoa...?!...
eco...
eco...
boneco, xaveco, caneco, jaleco, boteco...

hj estou bem e centrada!
por isso totalmente desaconselhável escrever...
me faltam os excessos inspiradores!
;)

9.10.06

sentimentos vizinhos

ao lado um bebê chora desesperadamente.
esperneia.
esbraceia.
esbraveja.
provavelmente por um motivo simples e imediato
e às vezes até já esquecido...

Penso que ele também faz isso para testar seus limites no mundo...
Até onde ele pode ir?
Pelo menos até a mim ele chega!

8.10.06

gauche

Bateu desânimo...
De repente me senti inábil...
Algumas situações banais,
algumas triviais,
outras até vitais...
tudo estranho, tudo torto...
ñ foram gdes frustrações,
ñ foram gdes tropeços,
ñ há mto nada a se preocupar...

mas bateu cansaço...
quero ser eu mesma...
quero poder me esparramar em todas minhas qualidades e defeitos...

caberei assim no mundo?

(ou devo me esforçar a encontrar ânimo para recuperar a habilidade?)

5.10.06

tréplicas em outros tempos...

ñ quero pensar no tempo como algo soberano,
algo acima de algo,
creio q pensar no tempo é mais pensar nas lacunas das possibilidades
e por isso tão abstrato
e por isso tão instigante
e por isso tanta reflexão...
ou ñ...

3.10.06

"tempo, tempo, mano, velho, falta um tanto ainda eu sei, pra vc correr macio"

Tudo uma questão de timing,
conversava mto sobre isso com meu último amor...

Por exemplo: o que mais faz uma pessoa te conquistar não é tanto a beleza, a inteligência ou o carisma, mas saber captar e aproveitar um momento. Claro que todo o resto conta, principalmente pra sustentar a coisa...

Foi isso que aconteceu com esse amor,
me conquistou por uma fração de segundos,
e por etapas, e com tudo,
em todos os tempos e espaços,

mas como o tempo é algo soberano,
mesmo com nossos timings de conversas, piadas, observações, desejos, carinhos serem tão compatíveis, nossos momentos de vida não eram...

Nosso timing tão perfeito não teve tempo pra existir... Não foi passado, foi um torto presente e o futuro parece já estar chegando e sem mais espaço para “nós”...

O tempo passa, os timings passam e me afligem como um badalar de um relógio... Sempre ali...
Aflitivo, reconfortante, angustiante, imponderável.
Outros dias vêm, outros amores, outros tempos, e a questão de timing sempre ali.

30.9.06

setembrochove...

hj cinzinha...
e eu faço fotossíntese!
preciso de sol!!!

ps: mas vou me aventurar na noite da garoa paulistana e tomar chocolate quente com velhos amigos!

28.9.06

inevitabilidades...

O acaso é maravilhoso, mas esperar por ele...

25.9.06

minha Unidade de Tratamento Intensivo particular

Às vezes percebo certa razão e força em mim que me assustam... Desde entender o outro, passando por cima das minhas próprias questões - eu me agredindo para aceitar...

Ou tentando e testando uma segurança, um controle: por exemplo para não ser ciumenta (o que raras vezes sou e nunca gratuitamente), por exemplo para não sonhar com o que não posso ou, recentemente me dei conta disso em momentos de hospital:
Duas vezes, duas UTIs, bem distintas, mas que em ambas mantive uma calma, uma serenidade, que quase me parecia fria e passiva, mas sabendo das pessoas e momentos em questão, sem dúvida que não era esse o caso...

Eu simplesmente me controlo pensando “por que esperar o pior?”.
E não espero, e também sem esperanças utópicas, espero os dias passarem, aguardando com uma tranqüilidade que em ambos os casos me fizeram bem, já que voltei pra casa com cada um sem estar em frangalhos, e com uma força e sentimento ainda maior!

18.9.06

incapacidade de assobiar

É tão bom rir q nem criança... Tão bom qto sentir o frio na barriga adolescente

Uma vez me contaram:
- Eu tava a fim do cara e cheguei pra ele pra assobiar uma trilha de desenho animado pra ver se ele reconhecia, mas eu ñ consegui... Ñ conseguia parar de sorrir e assobiar!

Na hora lembrei de um primeiro cinema q fui com um cara q era apaixonada e q tb ñ conseguia parar de sorrir e antes de entrar no buraco do metrô, onde tínhamos combinado, fiquei tentando prender as bochechas pra reeducá-las...

Esses dias me senti assim... Como é bom!Idiota de tão bom!

11.9.06

ponta cabeça, pernas pro ar

como é fácil sair do eixo e perder o fio...

27.8.06

usamos a palavra pq sentimos ou sentimos pq usamos a palavra...?

E se o português ñ fosse minha língua mãe ...?
(e no caso tb avós!)

Quão diferente eu seria sem poder expressar minhas saudades?
Eu ñ sentiria ou eu diria diferente?

Já ouvi dizer tb q há uma língua em q ñ existe amor (!)
Aí eu terminaria totalmente desfigurada...
Começaria ñ me chamando Quelany
e terminaria vazia dos sentimentos q me preenchem...

25.8.06

Alturas...

Há tempos ñ fico breaca,
aliás, apenas duas vezes me perdi completamente em lembranças
e dei vexames em ter posto coisas demais pra fora =p

mas isso faz longos 6 anos...

desde então apenas às vezes vou a alturas,
mas sem nunca excessos...

mas aí duas vezes meio seguidas: alta!,
observadas por um alguém sóbrio por falta de opção...
lembro os contextos, mas os detalhes me faltam...
(algo incomum para alguém com memória excessiva)
me farão falta esses detalhes?

às vezes é bom...

lembrem-se: a racionalidade é uma busca,
mas em geral ela ñ desgruda e pesa mto em meu ombro,
então...

esse post alta é tb feliz!
:)

24.8.06

Mulherzinha

Um álibi ou um agente descontrolador?
Há conforto ou é apenas um consolo pensar que
houve loucura esses dias por "culpa" da TPM?

11.8.06

dia desses...

me perguntaram se tudo bom
saiu espontaneamente a resposta de que
"o mundo gira, gira, mas volta pro mesmo lugar"

claro, ñ é assim, mesmo de imediato me questionaram...
mas às vezes parece...

tb esses dias comentaram comigo de:
uma vez sentido um sentimento, revisitá-lo pode ser uma constante...

uma vez há tempos uma amiga comentou:
nos perguntam "tudo bem?" mas o q querem saber...?
em geral respondo q vou indo...
(suscinto para os q preferem, instigante para os corajosos ;)
a ñ ser q vá indo mto bem...
aí merece ser espalhado, ñ? aos quatro ventos...

*

dias lindos!
mas de pouca brisa...
onde sopram os ventos de mudança?
a eles devo espalhar coisas?
ou esperar q eles me espalhem?

2.8.06

endereço

mirante pois vi "estamira".
em toda sua intensidade de mulher e poesia de filme
(oras cansativo, oras forçado tb).

tênue limite.
tenho exercitado a confissão de que "sim, sou louca".
Pra me diluir e me expurgar:

* * *

e então "mirando", e então "na mira", e pra isso "mirante" ou até "mirador"...
ainda na impossibilidade do endereço um "miramte" ou "miram-te":
para tirar um pouco do umbigo e até lembrar os gregos de leve ;)

* * *

Mundo grande

"Não, meu coração não é maior que o mundo.
É muito menor.
Nele não cabem nem as minhas dores.
Por isso gosto tanto de me contar.
Por isso me dispo,
por isso me grito,
por isso freqüento os jornais, me exponho cruamente nas livrarias:
preciso de todos.

Sim, meu coração é muito pequeno.
Só agora vejo que nele não cabem os homens.
Os homens estão cá fora, estão na rua.
A rua é enorme. Maior, muito maior do que eu esperava.
Mas também a rua não cabe todos os homens.
A rua é menor que o mundo.
O mundo é grande.

Tu sabes como é grande o mundo.
Conheces os navios que levam petróleo e livros, carne e algodão.
Viste as diferentes cores dos homens,
as diferentes dores dos homens,
sabes como é difícil sofrer tudo isso, amontoar tudo isso
num só peito de homem... sem que ele estale.

Fecha os olhos e esquece.
Escuta a água nos vidros,
tão calma, não anuncia nada.
Entretanto escorre nas mãos,
tão calma! Vai inundando tudo...
Renascerão as cidades submersas?
Os homens submersos – voltarão?

Meu coração não sabe.
Estúpido, ridículo e frágil é meu coração.
Só agora descubro
como é triste ignorar certas coisas.
(Na solidão de indivíduo
desaprendi a linguagem
com que homens se comunicam.)

Outrora escutei os anjos,
as sonatas, os poemas, as confissões patéticas.
Nunca escutei voz de gente.
Em verdade sou muito pobre.

Outrora viajei
países imaginários, fáceis de habitar,
ilhas sem problemas, não obstante exaustivas e convocando ao suicídio.

Meus amigos foram às ilhas.
Ilhas perdem o homem.
Entretanto alguns se salvaram e
trouxeram a notícia
de que o mundo, o grande mundo está crescendo todos os dias,
entre o fogo e o amor.

Então, meu coração também pode crescer.
Entre o amor e o fogo,
entre a vida e o fogo,
meu coração cresce dez metros e explode.
– Ó vida futura! Nós te criaremos".

C. Drummond A

30.7.06

:

me rendi.
preciso me livrar da minha racionalidade...
quem sabe assim a encontro.
mais leve!