de repente a gente grande
o mundo encolhe a gente engole
estou moída em tranhas tramas estranhas
ontem e amanhã tem sonhos
ontem e amanhã sou jovem
ontem e amanhã com força
hoje tem goiabada
hoje tem labirinto
hoje acrobacias
hoje na corda bamba
hoje palhaçadas
hoje tá pegando fogo
ontem e amanhã isso era risada
isso eram rajadas
soltavam rojões
era música para os ouvidos
olhos brilhando e bochechas com pipoca
hoje pipocam contas
estouram somas
lavro na seca
planto no duro
ajoelho no milho
estou frita
ontem e amanhã terá colheita
terá fartura
terá sucesso
terá conquistas
terá de tudo
reconhecimento
hoje cimento buscas
pedras no caminho
bolhas no pé
passo a passo
pé-ante-pé
hoje pés no chão
ontem e amanhã eu pulo
eu salto
eu solta
eu livre
eu vôo
eu plaino
hoje planos
metas
trabalho
avaliações
balanços
insegurança
ontem e amanhã nem medo nem cedo
ontem e amanhã nem tarde nem tardo
ontem e amanhã nem bem, nem mal, no ponto!
hoje tenho o passado e o futuro também
hoje tenho saudade e esperança além
e de repente eu uma muda
no mundo mudando mundana
de rapante calada crescendo:
aos troncos, aos trancos, raízes, rasantes
de rompante aos poucos brotando:
pétalas, cores, perfumes, performas
preenchendo as folhas em branco...
27.12.08
19.12.08
uma releitura
Alice espelhada
Alice espalhada
em seus limites
labirintos singulares
longas e lânguidas linhas
descoladas
palavras, lacunas
letras ilhadas
ligadas em livro
em livre
Alice livrada
Alice lavrada
se olha em relance
de soslaio
olhos dissimulados
e oblíquidos
desliza uma lágrima
cristalina e caudalosa
soluça volúpia
lembranças, prelúdios
Alice selada
Alice calada
melódicas líricas
ao longe, dali, do lado de lá
lamurioso violino
lobo pra lua
latido estrelado
em clave de sol
mergulhado
em límpido e borbulhante lago
Alice lavada
Alice levada
em luvas de um lorde
chapeleiro louco
deslumbra-se em seus olhos azulados
hálito de hortelã
falando veludo
celebram à luz do lume
licor de laranja
avermelhando seus lábios
Alice colores,
Alice calores
embaralhada
uma língua em seu lóbulo
tal qual lebre falante
lépida, ligeira e veloz
lasciva elegia
alude, colide
saliva malícia
libidinagem felina
Alice laçada
Alice em laços
desembrulhada:
luvas, colares, maquilagens
cinta-liga, lingerie
linhos, linhas, listras, lisas
encaracolados loiros
malhada, molhada
malemolente
descabelada
Alice compelida
Alice com pelada
em pelos pelando latente
balanço lancinante
filhote que adolesce
indelevel
se despetalando
lagarta, borboleta
gargalhada
relâmpago
Alice reluz
Alice feliz
lúcida, alerta
lúdica, liberta
espelhada real
lua láctea
celestial
louça de porcelana
palácio de cristal
anel de brilhantes
Alice lascas
Alice lascada
se levanta
recolhida em seus pêlos
acolhida em sua pele
colheita de lilases
desfolhada afinal
livre do livro
alheia semelhança
Alice melhor, Alice mulher, Alice maravilhada!
Alice espalhada
em seus limites
labirintos singulares
longas e lânguidas linhas
descoladas
palavras, lacunas
letras ilhadas
ligadas em livro
em livre
Alice livrada
Alice lavrada
se olha em relance
de soslaio
olhos dissimulados
e oblíquidos
desliza uma lágrima
cristalina e caudalosa
soluça volúpia
lembranças, prelúdios
Alice selada
Alice calada
melódicas líricas
ao longe, dali, do lado de lá
lamurioso violino
lobo pra lua
latido estrelado
em clave de sol
mergulhado
em límpido e borbulhante lago
Alice lavada
Alice levada
em luvas de um lorde
chapeleiro louco
deslumbra-se em seus olhos azulados
hálito de hortelã
falando veludo
celebram à luz do lume
licor de laranja
avermelhando seus lábios
Alice colores,
Alice calores
embaralhada
uma língua em seu lóbulo
tal qual lebre falante
lépida, ligeira e veloz
lasciva elegia
alude, colide
saliva malícia
libidinagem felina
Alice laçada
Alice em laços
desembrulhada:
luvas, colares, maquilagens
cinta-liga, lingerie
linhos, linhas, listras, lisas
encaracolados loiros
malhada, molhada
malemolente
descabelada
Alice compelida
Alice com pelada
em pelos pelando latente
balanço lancinante
filhote que adolesce
indelevel
se despetalando
lagarta, borboleta
gargalhada
relâmpago
Alice reluz
Alice feliz
lúcida, alerta
lúdica, liberta
espelhada real
lua láctea
celestial
louça de porcelana
palácio de cristal
anel de brilhantes
Alice lascas
Alice lascada
se levanta
recolhida em seus pêlos
acolhida em sua pele
colheita de lilases
desfolhada afinal
livre do livro
alheia semelhança
Alice melhor, Alice mulher, Alice maravilhada!
15.12.08
14.12.08
eu X mim mesma
defeitos e qualidades andam juntos, ñ?
me perguntarem o de pior e o de melhor de mim
terão as mesmas respostas!
minha persistência vira teimosia,
minha crítica vira construtiva,
minha franqueza, franco atiradora...
e assim, eu aqui, me torturando em buscar ser flexível,
tentando ser uma pessoa que deixa passar,
que não vai se apegar a pequenezas,
que vai seguir e ser feliz...
não, não cola!
sou aquela que me atenho às pequenezas,
que vou lembrar pequenas palavras, gestos singelos,
detalhes do passado que me preenchem eternamente
que me enternecem pra sempre!
sou aquela que faz planos e se esforça em construí-los,
que se empenha, que põe energia, que sonha...
e quer isso no dia-a-dia e daí se frustrada,
precisa de conversa, ser curada, ferida soprada...
não tá doendo, mas tá incomodando.
me sinto cinza e fria como o dia...
mas cheia de cores e calores para o amanhã...
me perguntarem o de pior e o de melhor de mim
terão as mesmas respostas!
minha persistência vira teimosia,
minha crítica vira construtiva,
minha franqueza, franco atiradora...
e assim, eu aqui, me torturando em buscar ser flexível,
tentando ser uma pessoa que deixa passar,
que não vai se apegar a pequenezas,
que vai seguir e ser feliz...
não, não cola!
sou aquela que me atenho às pequenezas,
que vou lembrar pequenas palavras, gestos singelos,
detalhes do passado que me preenchem eternamente
que me enternecem pra sempre!
sou aquela que faz planos e se esforça em construí-los,
que se empenha, que põe energia, que sonha...
e quer isso no dia-a-dia e daí se frustrada,
precisa de conversa, ser curada, ferida soprada...
não tá doendo, mas tá incomodando.
me sinto cinza e fria como o dia...
mas cheia de cores e calores para o amanhã...
7.12.08
multiplicidade
Era uma vez um ponto -
nós, esse triângulo em nosso círculo
enlevados ao quadrado
com questões ao pentágono:
reveses agudos
angulosos
verticais
convertidos
extrovertido (ele)
era uma vez em meu centro
curvas
circunferências
perspectivas
infinitas
introspectiva (ela)
reveses relativos
sem norte
meu sul
de leste a oeste
era uma vez essa química
matéria de nossa geografia
o físico dele, a língua dela
flor do lácio
nossa história
indisciplinados
reveses de adultescência
meninices maduras
envelhecendo ingênua
antigas questões
em lembranças, nostalgias
era uma vez olhos azuis
sonhos cor-de-rosa
me deixando branca de medo
bochechas vermelhas
sorriso amarelo
ficando bege
verde de fome
de amor
reveses laranja
- banana, goiaba!
medo do abacaxi
que engole o desejo
do mamão com açúcar
a salada de fruta furta cores
era uma vez azedo
acidez amarga
de doces sonhos
que apimentam a vida
reveses no céu - da boca
áspera
que dura
em macio
de gatos
era uma vez esse escaldo
erupção desaguando
furacão turbilhado
revolto em ondas
em brisas
por novos ventos
aos quatro
reveses tempestivos
temperamentais
temperatura de grau em grau
febre escadante
era uma vez dessa vez
tantas vezes
um, dois, três
cem vezes, cem juras
às vezes você
outra vez...
vez por outro
reveses desvendados
vez em quando
em quanto dure
cada um cada tantos
de quando em quando
vendidos, rendidos
devastados
era uma vez um X da questão
incógnita
equação
desde o 2o grau o dilema
reveses dando coragem
a perda do medo
a-sumindo a dúvida
subtração do problema
é igual
como conta
somando em mim
mais e mais
diferenças
era uma vez e de uma vez por todas
a verdade, a vontade, homenàgem
resultado de cabeça
corpo e alma
decorado
com cores, perfumes, performas
informais, imorais, ímpares
um número, um ato
um espetáculo:
eu dividida em dois
vocês múltiplos de mim
nós, felizes em três
nós, esse triângulo em nosso círculo
enlevados ao quadrado
com questões ao pentágono:
reveses agudos
angulosos
verticais
convertidos
extrovertido (ele)
era uma vez em meu centro
curvas
circunferências
perspectivas
infinitas
introspectiva (ela)
reveses relativos
sem norte
meu sul
de leste a oeste
era uma vez essa química
matéria de nossa geografia
o físico dele, a língua dela
flor do lácio
nossa história
indisciplinados
reveses de adultescência
meninices maduras
envelhecendo ingênua
antigas questões
em lembranças, nostalgias
era uma vez olhos azuis
sonhos cor-de-rosa
me deixando branca de medo
bochechas vermelhas
sorriso amarelo
ficando bege
verde de fome
de amor
reveses laranja
- banana, goiaba!
medo do abacaxi
que engole o desejo
do mamão com açúcar
a salada de fruta furta cores
era uma vez azedo
acidez amarga
de doces sonhos
que apimentam a vida
reveses no céu - da boca
áspera
que dura
em macio
de gatos
era uma vez esse escaldo
erupção desaguando
furacão turbilhado
revolto em ondas
em brisas
por novos ventos
aos quatro
reveses tempestivos
temperamentais
temperatura de grau em grau
febre escadante
era uma vez dessa vez
tantas vezes
um, dois, três
cem vezes, cem juras
às vezes você
outra vez...
vez por outro
reveses desvendados
vez em quando
em quanto dure
cada um cada tantos
de quando em quando
vendidos, rendidos
devastados
era uma vez um X da questão
incógnita
equação
desde o 2o grau o dilema
reveses dando coragem
a perda do medo
a-sumindo a dúvida
subtração do problema
é igual
como conta
somando em mim
mais e mais
diferenças
era uma vez e de uma vez por todas
a verdade, a vontade, homenàgem
resultado de cabeça
corpo e alma
decorado
com cores, perfumes, performas
informais, imorais, ímpares
um número, um ato
um espetáculo:
eu dividida em dois
vocês múltiplos de mim
nós, felizes em três
27.11.08
24.11.08
tic-tac(...)tic-tac(...)
tique-taque
taque-cardia
cardia entope
entope dentro
dentre peitos
peito duro
dura tempo
tempo dilúvio
dilúvio estação
estação trem
trem partida
partida torta
torta pedaço
pedaço doce
d´ocê saudade
saudade distante
diz tanto de vida
devida dúvida
duvida oposto
aposto perdida
perdida transito
trânsito travado
travada drogado
droga do tiro
tiro dardo
dar dor desperta
despertador acordada
a cor dada desbotada
desabotoada paletó
paletó vestido
vestido preto
preto calçada
calçada varrida
varrida doida
doído enterro
desterro luto
luto com torcida
contorcida derrota
de rota pedida
despedida ardor
ar dor intenso
tenso tique
tique-taque
taque-cardia
cardia entope...
taque-cardia
cardia entope
entope dentro
dentre peitos
peito duro
dura tempo
tempo dilúvio
dilúvio estação
estação trem
trem partida
partida torta
torta pedaço
pedaço doce
d´ocê saudade
saudade distante
diz tanto de vida
devida dúvida
duvida oposto
aposto perdida
perdida transito
trânsito travado
travada drogado
droga do tiro
tiro dardo
dar dor desperta
despertador acordada
a cor dada desbotada
desabotoada paletó
paletó vestido
vestido preto
preto calçada
calçada varrida
varrida doida
doído enterro
desterro luto
luto com torcida
contorcida derrota
de rota pedida
despedida ardor
ar dor intenso
tenso tique
tique-taque
taque-cardia
cardia entope...
13.11.08
tempos obscuros
quando o noticiário da TV bate à nossa porta
rola uma tensão...
a crise chegou...
e me deixou em crise...
mas planejei a reação pra semana que vem!!!
("você marcha, José!
José, para onde?" CDA)
rola uma tensão...
a crise chegou...
e me deixou em crise...
mas planejei a reação pra semana que vem!!!
("você marcha, José!
José, para onde?" CDA)
15.10.08
cinderela
carta aguardada
chamada selada
chama embalada
pro baile o chamado
grato agrado
- claro!
dispara:
no alvo flechada
prepara:
peralta, descalça
não pára:
são saltos, são altos, sandálias, sapatos
sem sapos, beijados - reinados
são fadas, são varas, asas e saias
sem vaias, só palmas - espasmos
são alças, são laços, colares e talcos
sem palcos, só pátios - palácios
são capas, são pratas, cambraias, babados
sem atrasos, acabada - asfaltos
eis arrumada carruagem
em aplumadas almofadas
vem aprumada a viagem
ansiedade a voar:
nem paisagem, passagem ou margem
nem praia, nem praça ou mar
nem barca, jangada ou balsa
sem chegada, não acalma, sem lugar
cem jornadas, cem jornais
revistada, declarada, popular:
aos ares a mensagem:
chegada entrada encantada
ao luar iluminada afinal
pra valsa ou salsa, pra flauta ou calda
abraço trufado, olhar chocolate
(tá no) papo melado, barba risada
gargalhada suada
graça engatada
disfarce da guarda
face aguarda
de cara a carne
encara o charme
enlace desface
debaixo da escada
do quarto
chama da vela da chave
clave em destrave
aparte as partes
tatos em etapas
lascas enlaçadas
cacos de cascas
braços amassos
falos afagos
badalo tocado:
- orgasmo.
mastro estiado
rastro estirado
cama ruborizada
alarde
é tarde
no embalo
o abalo badala
balada acabada
embalada chapada
felicidade alada
amálgama
afundado o passado
fendado um pedaço
findado o ginásio
fecundado o colegial
na calma
no escasso alcançado
no passo fintado
no espaço frisado
no sábado sublinhado
na palma
em pausas esparsas
em causa escaldada
fadados compassos
fato consumado
na alma
chamada selada
chama embalada
pro baile o chamado
grato agrado
- claro!
dispara:
no alvo flechada
prepara:
peralta, descalça
não pára:
são saltos, são altos, sandálias, sapatos
sem sapos, beijados - reinados
são fadas, são varas, asas e saias
sem vaias, só palmas - espasmos
são alças, são laços, colares e talcos
sem palcos, só pátios - palácios
são capas, são pratas, cambraias, babados
sem atrasos, acabada - asfaltos
eis arrumada carruagem
em aplumadas almofadas
vem aprumada a viagem
ansiedade a voar:
nem paisagem, passagem ou margem
nem praia, nem praça ou mar
nem barca, jangada ou balsa
sem chegada, não acalma, sem lugar
cem jornadas, cem jornais
revistada, declarada, popular:
aos ares a mensagem:
chegada entrada encantada
ao luar iluminada afinal
pra valsa ou salsa, pra flauta ou calda
abraço trufado, olhar chocolate
(tá no) papo melado, barba risada
gargalhada suada
graça engatada
disfarce da guarda
face aguarda
de cara a carne
encara o charme
enlace desface
debaixo da escada
do quarto
chama da vela da chave
clave em destrave
aparte as partes
tatos em etapas
lascas enlaçadas
cacos de cascas
braços amassos
falos afagos
badalo tocado:
- orgasmo.
mastro estiado
rastro estirado
cama ruborizada
alarde
é tarde
no embalo
o abalo badala
balada acabada
embalada chapada
felicidade alada
amálgama
afundado o passado
fendado um pedaço
findado o ginásio
fecundado o colegial
na calma
no escasso alcançado
no passo fintado
no espaço frisado
no sábado sublinhado
na palma
em pausas esparsas
em causa escaldada
fadados compassos
fato consumado
na alma
14.10.08
neosilogismos gregos
e se corpo são, mente sã
e se mente vazia casa do diabo,
talvez corpo em movimento movimente a mente
e afaste os fantasmas
buuuu!!!
e se mente vazia casa do diabo,
talvez corpo em movimento movimente a mente
e afaste os fantasmas
buuuu!!!
8.10.08
eterno marido
acabo de ler Dostoievski...
buscava com esse título e esse autor
me deparar entre a inteligência e a perspicácia do tal,
e entre o romantismo do chamariz e do meu âmago incorrigível...
de cara curioso,
o que para mim sugeriam sonhos, planos, futuro
(e que imaginei que fossem ser frustrados),
se sobrepos o passado, a imobilidade, a paralisia...
o eterno marido, um viúvo...
romântico preso em uma condição...
talvez eu pensasse que o eterno pudesse ser aquele que vai,
eterno ser o que fica é profundo e faz pensar...
buscava com esse título e esse autor
me deparar entre a inteligência e a perspicácia do tal,
e entre o romantismo do chamariz e do meu âmago incorrigível...
de cara curioso,
o que para mim sugeriam sonhos, planos, futuro
(e que imaginei que fossem ser frustrados),
se sobrepos o passado, a imobilidade, a paralisia...
o eterno marido, um viúvo...
romântico preso em uma condição...
talvez eu pensasse que o eterno pudesse ser aquele que vai,
eterno ser o que fica é profundo e faz pensar...
carta de amor
Penso repenso
corpo da palavra
pó pá
lavro
com as mãos
crio bolhas
balbucio
calo frio
Penso pretenso
numa cartada
rabusco
você
me entrego
te trago
não sorvo
te sirvo
Tenso despenso
minha casca
cacos de
cá com botões
desato o nó na
soluço
insolúvel
um branco
seus ombros
nu alvo
não acho
rasuro
Sento compenso
impressionada
sem expressões
pressiono têmporas
tempo passa
pernas, porque te quero
peito apertado
ar dor em fé
corpo urge
garganta ruge
caneta em punho
quebro a cabeça
despedaço
meu papel
Penso distenso
nas entrelinhas
me fragmento
o que era leve
peso
corpo da palavra
pó pá
lavro
com as mãos
crio bolhas
balbucio
calo frio
Penso pretenso
numa cartada
rabusco
você
me entrego
te trago
não sorvo
te sirvo
Tenso despenso
minha casca
cacos de
cá com botões
desato o nó na
soluço
insolúvel
um branco
seus ombros
nu alvo
não acho
rasuro
Sento compenso
impressionada
sem expressões
pressiono têmporas
tempo passa
pernas, porque te quero
peito apertado
ar dor em fé
corpo urge
garganta ruge
caneta em punho
quebro a cabeça
despedaço
meu papel
Penso distenso
nas entrelinhas
me fragmento
o que era leve
peso
1.10.08
27.9.08
25.9.08
$$$
dinheiro compra sonhos
promove planos
tranqüilidade
felicidade?
não sei se traz,
mas o revés,
o fel já senti:
dinheiro traz infelicidade...
promove planos
tranqüilidade
felicidade?
não sei se traz,
mas o revés,
o fel já senti:
dinheiro traz infelicidade...
4.9.08
ÁGUA
falta de
boca
se cala
cola
longa aspera
aspira-respira
se coar
mais quando
transpira
ansia
frio na
espira
procura
"sim"
"ais"
híbridos
desidros
mão sua
magua
olhos cheios de sau
dade
dor
no meio do meu
ambíguo
andúvida
em meios se parados
longe vejo
em quando contros contras
quantos?
nós:
me tardes
do que
nunca ou
nahora
H
dois "Ohs"
...salívio...
boca
se cala
cola
longa aspera
aspira-respira
se coar
mais quando
transpira
ansia
frio na
espira
procura
"sim"
"ais"
híbridos
desidros
mão sua
magua
olhos cheios de sau
dade
dor
no meio do meu
ambíguo
andúvida
em meios se parados
longe vejo
em quando contros contras
quantos?
nós:
me tardes
do que
nunca ou
nahora
H
dois "Ohs"
...salívio...
12.8.08
coletânea de fragmentos recentes
- sempre achei que a novidade e empolgação
trariam um frescor ao início... (alguém)
- pra mim o primeiro ano foi o mais difícil! (outrém)
- mas não necessariamente (também)
- sei que a falta de intimidade e a dificuldade dos desencontros nos mostraram a fragilidade desse momento e isso sim nos fez cúmplices. Por estarmos envolvidos nisso e assim nos tornamos "nós"
e a partir daí se sente cada vez mais a construção... (bem)
- interminável, diga-se... (amém)
trariam um frescor ao início... (alguém)
- pra mim o primeiro ano foi o mais difícil! (outrém)
- mas não necessariamente (também)
- sei que a falta de intimidade e a dificuldade dos desencontros nos mostraram a fragilidade desse momento e isso sim nos fez cúmplices. Por estarmos envolvidos nisso e assim nos tornamos "nós"
e a partir daí se sente cada vez mais a construção... (bem)
- interminável, diga-se... (amém)
24.7.08
17.7.08
asSociAtivaNdo
novos ventos
maré boa
alto mar
mar astral
boa onda
vida leva
leve eu
in love
como uma luva
(in e transitivo)
trans-ativo
inter
inteira
plena
pluma
ao vento (4) ...
maré boa
alto mar
mar astral
boa onda
vida leva
leve eu
in love
como uma luva
(in e transitivo)
trans-ativo
inter
inteira
plena
pluma
ao vento (4) ...
11.7.08
meu pecado capital
os opostos se contraem
e se embatem
dentro de mim...
minha ansiedade e energia convivem mto mal
com minha preguiça...
mas sou forte
(e que isso ñ dê força a esse meu pecado)
nada como incentivos...
quem sabe esse telefonema de hj...
e se embatem
dentro de mim...
minha ansiedade e energia convivem mto mal
com minha preguiça...
mas sou forte
(e que isso ñ dê força a esse meu pecado)
nada como incentivos...
quem sabe esse telefonema de hj...
7.7.08
27.6.08
24.6.08
con solo floresce
adubo
aridez, acidez, primavera porvir
há horas que drummond ecoa com sua vozinha murmurante,
um vozinho murmurante em acompanhamento de piano...
consolo, consoles, na soleira, na praia ou na paulicéia...
espero os raios de sol que sei que ainda virão essa semana
e me deixarão radiante, r-adiante, ao menos...!
Consolo na Praia
Carlos Drummond de Andrade
Vamos, não chores…A infância está perdida.
A mocidade está perdida.
Mas a vida não se perdeu.
O primeiro amor passou.
O segundo amor passou.
O terceiro amor passou.
Mas o coração continua.
Perdeste o melhor amigo.
Não tentaste qualquer viagem.
Não possuis casa, navio, terra.
Mas tens um cão.
Algumas palavras duras, em voz mansa, te golpearam.
Nunca, nunca cicatrizam.
Mas, e o humour?
A injustiça não se resolve.
À sombra do mundo errado
murmuraste um protesto tímido.
Mas virão outros.
Tudo somado, devias precipitar-te, de vez, nas águas.
Estás nu na areia, no vento…
Dorme, meu filho.
aridez, acidez, primavera porvir
há horas que drummond ecoa com sua vozinha murmurante,
um vozinho murmurante em acompanhamento de piano...
consolo, consoles, na soleira, na praia ou na paulicéia...
espero os raios de sol que sei que ainda virão essa semana
e me deixarão radiante, r-adiante, ao menos...!
Consolo na Praia
Carlos Drummond de Andrade
Vamos, não chores…A infância está perdida.
A mocidade está perdida.
Mas a vida não se perdeu.
O primeiro amor passou.
O segundo amor passou.
O terceiro amor passou.
Mas o coração continua.
Perdeste o melhor amigo.
Não tentaste qualquer viagem.
Não possuis casa, navio, terra.
Mas tens um cão.
Algumas palavras duras, em voz mansa, te golpearam.
Nunca, nunca cicatrizam.
Mas, e o humour?
A injustiça não se resolve.
À sombra do mundo errado
murmuraste um protesto tímido.
Mas virão outros.
Tudo somado, devias precipitar-te, de vez, nas águas.
Estás nu na areia, no vento…
Dorme, meu filho.
21.6.08
18.6.08
28.5.08
27.5.08
reflexão metalingüística
vai fazer três anos que vi Estamira sozinha
numa última sessão de uma noite fria
de um sábado pós aniversário de crianças...
estava me sentindo sozinha,
mas ao mesmo tempo percebi um interlocutor...
(ou precisei buscá-lo)
percebi pessoas ao redor que podem ser tão intensas tb
e que ñ sabem por onde extravasar...
resolvi extravasar aqui...
um blog é algo público.
um blog é algo ao vento.
um blog pode ñ ser nada.
pode ser um diário meu para comigo.
pode ser um sucesso midiático.
ou às vezes pode só encontrar um eco no vizinho...
gosto de escrever as coisas que realmente me importam...
me angustiam...
tiram minhas noites de sono...
afloram minhas lágrimas...
(ou às vezes meus sorrisos...)
gosto de escrever como as coisas me soam:
cheias de ambigüidade e complexidade...
e às vezes escrevo de maneira vaga, de maneira brumática...
e às vezes, raramente, há leitores...
a maioria já ouviu semelhancices de minha boca.
então se sentem em casa de certa forma...
alguns podem ser desconhecidos em busca...
outros, conhecidos me (des-trans)conhecendo...
será?
ontem recebi e-mails em resposta aos meus desabafos...
eram poesias...
cheias de ambigüidade...
houve diálogo com os posts, mas houve tb desencontros...
embate de nuvens no céu...
eteriedades cheias de densidade...
fiquei feliz.
e ao mesmo tempo ansiosa pra sair do virtual...
gosto de racionalizar o ambiguo...
gosto de expor o umbigo...
(ñ por vaidade ou por bigbrothismo,
mas simplesmente pra tentar me entender,
pra ñ me tornar Estamira - fora de tempo e de espaço -
fora de mim, fora dos outros...)
adoro os outros.
ñ sobreviveria sem eles.
o inferno são...
o inferno é são.
estamira!
numa última sessão de uma noite fria
de um sábado pós aniversário de crianças...
estava me sentindo sozinha,
mas ao mesmo tempo percebi um interlocutor...
(ou precisei buscá-lo)
percebi pessoas ao redor que podem ser tão intensas tb
e que ñ sabem por onde extravasar...
resolvi extravasar aqui...
um blog é algo público.
um blog é algo ao vento.
um blog pode ñ ser nada.
pode ser um diário meu para comigo.
pode ser um sucesso midiático.
ou às vezes pode só encontrar um eco no vizinho...
gosto de escrever as coisas que realmente me importam...
me angustiam...
tiram minhas noites de sono...
afloram minhas lágrimas...
(ou às vezes meus sorrisos...)
gosto de escrever como as coisas me soam:
cheias de ambigüidade e complexidade...
e às vezes escrevo de maneira vaga, de maneira brumática...
e às vezes, raramente, há leitores...
a maioria já ouviu semelhancices de minha boca.
então se sentem em casa de certa forma...
alguns podem ser desconhecidos em busca...
outros, conhecidos me (des-trans)conhecendo...
será?
ontem recebi e-mails em resposta aos meus desabafos...
eram poesias...
cheias de ambigüidade...
houve diálogo com os posts, mas houve tb desencontros...
embate de nuvens no céu...
eteriedades cheias de densidade...
fiquei feliz.
e ao mesmo tempo ansiosa pra sair do virtual...
gosto de racionalizar o ambiguo...
gosto de expor o umbigo...
(ñ por vaidade ou por bigbrothismo,
mas simplesmente pra tentar me entender,
pra ñ me tornar Estamira - fora de tempo e de espaço -
fora de mim, fora dos outros...)
adoro os outros.
ñ sobreviveria sem eles.
o inferno são...
o inferno é são.
estamira!
26.5.08
infinito enquanto
pra mim é essencial:
o amor é mais que um presente!
o amor pra mim é infinito, tem que estar em todos os lados,
em todos meus poros, em todos os tempos...
Tenho nostalgias de todos os amores no passado.
mesmo os que ñ foram meus,
mesmo os que ainda vivo,
mesmo os dos outros que até me causam ciúmes (ou por isso).
Tenho ansiedades de todos os amores no futuro.
Já amei sem poder sonhar e constatei o qto isso foi doloroso pra mim...
E agora percebo nitidamente o qto surdinamente eu sonhava...
pois amor é esperança, né?
E a esperança não pode morrer...
Pressenti a possibilidade de amar sem esperanças e não quero...
Me delicio em ser idiotamente romântica:
lembrar o passado, pensar no futuro...
é disso que faço meu presente:
é assim que amarro ele em lacinhos e fitinhas!
ñ tirem isso de mim, o amor me alimenta!
o amor é mais que um presente!
o amor pra mim é infinito, tem que estar em todos os lados,
em todos meus poros, em todos os tempos...
Tenho nostalgias de todos os amores no passado.
mesmo os que ñ foram meus,
mesmo os que ainda vivo,
mesmo os dos outros que até me causam ciúmes (ou por isso).
Tenho ansiedades de todos os amores no futuro.
Já amei sem poder sonhar e constatei o qto isso foi doloroso pra mim...
E agora percebo nitidamente o qto surdinamente eu sonhava...
pois amor é esperança, né?
E a esperança não pode morrer...
Pressenti a possibilidade de amar sem esperanças e não quero...
Me delicio em ser idiotamente romântica:
lembrar o passado, pensar no futuro...
é disso que faço meu presente:
é assim que amarro ele em lacinhos e fitinhas!
ñ tirem isso de mim, o amor me alimenta!
15.5.08
madeixadas
hj chegando no trabalho com banho recém-tomado
tive uma vontade profunda de passar o dia de cabelos molhados.
queria que eles nunca secassem, que não me ressecassem junto,
queria que aquela pontinha de frescor em meio ao cansaço permanecesse.
mas logo os cabelos secam, e ficam elétricos,
eu, permanente...
nessa semana, permanentemente cansada.
acho que pude parar um pouquinho e perceber...
às vezes é melhor correr sem parar, pra nem conseguir pensar no próprio estado...
estou descabelada, por dentro e por fora.
tive uma vontade profunda de passar o dia de cabelos molhados.
queria que eles nunca secassem, que não me ressecassem junto,
queria que aquela pontinha de frescor em meio ao cansaço permanecesse.
mas logo os cabelos secam, e ficam elétricos,
eu, permanente...
nessa semana, permanentemente cansada.
acho que pude parar um pouquinho e perceber...
às vezes é melhor correr sem parar, pra nem conseguir pensar no próprio estado...
estou descabelada, por dentro e por fora.
14.5.08
15.3.08
buscas
perdi a hora,
perdi o ônibus,
perdi a cabeça,
perdi o rumo,
mas não as esperanças...
no final acho que tudo se encaixa!
perdi o ônibus,
perdi a cabeça,
perdi o rumo,
mas não as esperanças...
no final acho que tudo se encaixa!
13.2.08
7.2.08
23.1.08
sempre inspiradora CL
a primeira vez q li Clarice - Perto do Coração Selvagem - me extasiei...
tinha uns 16 e foi uma sensação mto estranha
de como se o ritmo da escrita dela
fosse igual a do meu pensamento,
mas de outros tempos, da infância...
a mesma maneira de observar o mundo,
de se relacionar com os próprios pensamentos e sentimentos...
era como se ela estivesse dentro de mim...
ainda ñ li tudo dela...
leio aos poucos, pois é sempre mto intenso pra mim...
mas amo...
e esses dias me deparei com esse trecho lindo, lindo...
compartilho:
O Nascimento do prazer (trecho)
Clarice Lispector
O prazer nascendo dói tanto no peito que se prefere sentir a habituada dor ao insólito prazer.
A alegria verdadeira não tem explicação possível,
não tem a possibilidade de ser compreendida
- e se parece com o início de uma perdição irrecuperável.
Esse fundir-se total é insuportavelmente bom
- como se a morte fosse o nosso bem maior e final,
só que não é a morte,
é a vida incomensurável
que chega a se parecer com a grandeza da morte.
Deve-se deixar-se inundar pela alegria aos poucos
- pois é a vida nascendo.
E quem não tiver força,
que antes cubra cada nervo com uma película protetora,
com uma película de morte para poder tolerar a vida.
Essa película pode consistir em qualquer ato formal protetor,
em qualquer silêncio
ou em várias palavras sem sentido.
Pois o prazer não é de se brincar com ele.
Ele e nós.
tinha uns 16 e foi uma sensação mto estranha
de como se o ritmo da escrita dela
fosse igual a do meu pensamento,
mas de outros tempos, da infância...
a mesma maneira de observar o mundo,
de se relacionar com os próprios pensamentos e sentimentos...
era como se ela estivesse dentro de mim...
ainda ñ li tudo dela...
leio aos poucos, pois é sempre mto intenso pra mim...
mas amo...
e esses dias me deparei com esse trecho lindo, lindo...
compartilho:
O Nascimento do prazer (trecho)
Clarice Lispector
O prazer nascendo dói tanto no peito que se prefere sentir a habituada dor ao insólito prazer.
A alegria verdadeira não tem explicação possível,
não tem a possibilidade de ser compreendida
- e se parece com o início de uma perdição irrecuperável.
Esse fundir-se total é insuportavelmente bom
- como se a morte fosse o nosso bem maior e final,
só que não é a morte,
é a vida incomensurável
que chega a se parecer com a grandeza da morte.
Deve-se deixar-se inundar pela alegria aos poucos
- pois é a vida nascendo.
E quem não tiver força,
que antes cubra cada nervo com uma película protetora,
com uma película de morte para poder tolerar a vida.
Essa película pode consistir em qualquer ato formal protetor,
em qualquer silêncio
ou em várias palavras sem sentido.
Pois o prazer não é de se brincar com ele.
Ele e nós.
13.1.08
previsão do tempo
busca da felicidade eterna:
tic-tac
tento acertar ponteiros,
mas às vezes dou cordas nas coisas erradas...
tem que girar...
esses dias girei mto...
girei, girei... 360...
mesmo lugar...
e ficou tudo bem...
conclusão: tempos bons!
e tempo com sol! e tempo ao tempo...
tic-tac
tento acertar ponteiros,
mas às vezes dou cordas nas coisas erradas...
tem que girar...
esses dias girei mto...
girei, girei... 360...
mesmo lugar...
e ficou tudo bem...
conclusão: tempos bons!
e tempo com sol! e tempo ao tempo...
7.1.08
previsão astrológica
Como um dia, uma hora, um mês pode definir pessoas?
...fazer com que haja conexões, desavenças, indiferenças, afinidades?
(meu câncer de ano cachorro não seria então meu parceiro ideal?
Estaremos fadados ao precipício?
Ou seremos então mais especiais por contradizer previsões?
Ou, ainda, nossa prosperidade se dará justamente pelo nosso ceticismo onde não há espaço para tais prognósticos?)
*
Mas me aproveitando de tais estudos para inspiração criativa,
(resquícios dos deveres roteirísticos de 2007)
como ler e não me impregnar...um pouco?
Me impregno mesmo...
Talvez também pelo encanto da abstração, da poesia...
Pensar em pessoas como substantivos abstratos...
Eu - sabedoria, aventura, idealismo, generosidade, sinceridade?
Ele -
“câncer que envia para você o conceito da memória:
todos os fragmentos do passado constituem a sua vida,
como ela é hoje,
e você precisa recolhê-los para compreender a si mesmo.
Não basta lembrar do seu próprio passado,
mas também recorrer à memória da Humanidade,
tão fragmentada e esmagada sob nossos pés apressados”?
Nós - "o Caranguejo, duro como a rocha por fora, mole como manteiga por dentro. Extremamente sensível. Oh, muito, muito sensível! Agudamente cônscio do menor tom de significado, de cada nuança de um comentário e extremamente vulnerável ao sofrimento; com o Arqueiro, contente e caloroso, essencialmente gentil, mas às vezes rudemente franco, possuindo apenas um dedal de tato. Ou melhor, apenas meio dedal.
Curiosamente, é comum o perspicaz Caranguejo acabar percebendo a inutilidade de seus esforços para que o Arqueiro compreenda a própria falta de tato e, sendo aquilo tão hilariante, os dois explodem em gargalhadas histéricas"?
Enigmas?
Qual serão?
Devorem-me!
Nosso amor estava escrito nas estrelas?
Preciso sair do mundo da lua?
(mas lua em virgem! Com direito a arqueiros e aquários!)
...fazer com que haja conexões, desavenças, indiferenças, afinidades?
(meu câncer de ano cachorro não seria então meu parceiro ideal?
Estaremos fadados ao precipício?
Ou seremos então mais especiais por contradizer previsões?
Ou, ainda, nossa prosperidade se dará justamente pelo nosso ceticismo onde não há espaço para tais prognósticos?)
*
Mas me aproveitando de tais estudos para inspiração criativa,
(resquícios dos deveres roteirísticos de 2007)
como ler e não me impregnar...um pouco?
Me impregno mesmo...
Talvez também pelo encanto da abstração, da poesia...
Pensar em pessoas como substantivos abstratos...
Eu - sabedoria, aventura, idealismo, generosidade, sinceridade?
Ele -
“câncer que envia para você o conceito da memória:
todos os fragmentos do passado constituem a sua vida,
como ela é hoje,
e você precisa recolhê-los para compreender a si mesmo.
Não basta lembrar do seu próprio passado,
mas também recorrer à memória da Humanidade,
tão fragmentada e esmagada sob nossos pés apressados”?
Nós - "o Caranguejo, duro como a rocha por fora, mole como manteiga por dentro. Extremamente sensível. Oh, muito, muito sensível! Agudamente cônscio do menor tom de significado, de cada nuança de um comentário e extremamente vulnerável ao sofrimento; com o Arqueiro, contente e caloroso, essencialmente gentil, mas às vezes rudemente franco, possuindo apenas um dedal de tato. Ou melhor, apenas meio dedal.
Curiosamente, é comum o perspicaz Caranguejo acabar percebendo a inutilidade de seus esforços para que o Arqueiro compreenda a própria falta de tato e, sendo aquilo tão hilariante, os dois explodem em gargalhadas histéricas"?
Enigmas?
Qual serão?
Devorem-me!
Nosso amor estava escrito nas estrelas?
Preciso sair do mundo da lua?
(mas lua em virgem! Com direito a arqueiros e aquários!)
3.1.08
bissexto
Como em um ano um novo ano surge, não?...
Na chegada de 2007, desânimo, falta de perspectivas,
na espera de que novidades me encontrassem...
Mas por mais que esperasse
não poderia me imaginar um ano depois com tudo tão diferente...
Fui encontrada, fui atropelada, tudo virou de ponta cabeça,
e estou de pé!
Ergo os braços pra escalar, mas às vezes tb me encolho em posição fetal....
Crescer dói.
2008 já começou com tudo intenso e pretenso!
(e um pouco preguiçoso tb, mas logo o ritmo se impõe... confio.)
o que esperar em outros 365 dias?
Na chegada de 2007, desânimo, falta de perspectivas,
na espera de que novidades me encontrassem...
Mas por mais que esperasse
não poderia me imaginar um ano depois com tudo tão diferente...
Fui encontrada, fui atropelada, tudo virou de ponta cabeça,
e estou de pé!
Ergo os braços pra escalar, mas às vezes tb me encolho em posição fetal....
Crescer dói.
2008 já começou com tudo intenso e pretenso!
(e um pouco preguiçoso tb, mas logo o ritmo se impõe... confio.)
o que esperar em outros 365 dias?
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