28.5.08

era uma vez

não acredito em conto de fadas
mas vou tentar construir o para sempre

27.5.08

reflexão metalingüística

vai fazer três anos que vi Estamira sozinha
numa última sessão de uma noite fria
de um sábado pós aniversário de crianças...

estava me sentindo sozinha,
mas ao mesmo tempo percebi um interlocutor...
(ou precisei buscá-lo)
percebi pessoas ao redor que podem ser tão intensas tb
e que ñ sabem por onde extravasar...

resolvi extravasar aqui...

um blog é algo público.
um blog é algo ao vento.
um blog pode ñ ser nada.
pode ser um diário meu para comigo.
pode ser um sucesso midiático.

ou às vezes pode só encontrar um eco no vizinho...

gosto de escrever as coisas que realmente me importam...
me angustiam...
tiram minhas noites de sono...
afloram minhas lágrimas...
(ou às vezes meus sorrisos...)

gosto de escrever como as coisas me soam:
cheias de ambigüidade e complexidade...

e às vezes escrevo de maneira vaga, de maneira brumática...

e às vezes, raramente, há leitores...

a maioria já ouviu semelhancices de minha boca.
então se sentem em casa de certa forma...
alguns podem ser desconhecidos em busca...
outros, conhecidos me (des-trans)conhecendo...

será?

ontem recebi e-mails em resposta aos meus desabafos...

eram poesias...

cheias de ambigüidade...

houve diálogo com os posts, mas houve tb desencontros...

embate de nuvens no céu...
eteriedades cheias de densidade...

fiquei feliz.
e ao mesmo tempo ansiosa pra sair do virtual...

gosto de racionalizar o ambiguo...
gosto de expor o umbigo...
(ñ por vaidade ou por bigbrothismo,
mas simplesmente pra tentar me entender,
pra ñ me tornar Estamira - fora de tempo e de espaço -
fora de mim, fora dos outros...)

adoro os outros.

ñ sobreviveria sem eles.

o inferno são...
o inferno é são.
estamira!

26.5.08

infinito enquanto

pra mim é essencial:

o amor é mais que um presente!

o amor pra mim é infinito, tem que estar em todos os lados,
em todos meus poros, em todos os tempos...

Tenho nostalgias de todos os amores no passado.

mesmo os que ñ foram meus,
mesmo os que ainda vivo,
mesmo os dos outros que até me causam ciúmes (ou por isso).

Tenho ansiedades de todos os amores no futuro.

Já amei sem poder sonhar e constatei o qto isso foi doloroso pra mim...

E agora percebo nitidamente o qto surdinamente eu sonhava...

pois amor é esperança, né?



E a esperança não pode morrer...

Pressenti a possibilidade de amar sem esperanças e não quero...



Me delicio em ser idiotamente romântica:

lembrar o passado, pensar no futuro...

é disso que faço meu presente:
é assim que amarro ele em lacinhos e fitinhas!



ñ tirem isso de mim, o amor me alimenta!

15.5.08

madeixadas

hj chegando no trabalho com banho recém-tomado
tive uma vontade profunda de passar o dia de cabelos molhados.

queria que eles nunca secassem, que não me ressecassem junto,
queria que aquela pontinha de frescor em meio ao cansaço permanecesse.

mas logo os cabelos secam, e ficam elétricos,
eu, permanente...
nessa semana, permanentemente cansada.

acho que pude parar um pouquinho e perceber...

às vezes é melhor correr sem parar, pra nem conseguir pensar no próprio estado...

estou descabelada, por dentro e por fora.

14.5.08

carpe dien

tropeços agora influem em passos pruma vida inteira?