Saudade da gestação. E de quando se voltar para si e para o ninho era uma escolha e não uma necessidade de sobrevivência por conta de um vírus e de uma desgovernança genocida...)
Saudade de ficar grávida - esse momento de máxima intimidade. E mergulhar em si mesmo, chamado sem igual à subjetividade... Alheia... Afinal, o mergulho é no desconhecido que cresce dentro de si, fazendo com que olhemos mais para nós, as mudanças do corpo, o outro que nos modifica, o contato íntimo com nosso corpo, a espera de um alguém...Tudo que vem depois é feito de magias e descobertas diárias (e sem romantismo: perrengues, cansaço, exaustão mesmo também), mas a gestação parece um hiato, essa ponte que nos leva de um ponto a outro irreversivelmente e cujo percurso se dá internamente, quase invisível, e por isso nos deixa atentas aos sussurros, aos farfalhares na barriga, aos arrepios, aos salivares, às batidas no coração, dos corações...