crocodilo afogado em lágrimas
com coração de pedras perfurado
transbordando o vazio do peito
20.12.12
17.12.12
madrugada
a noite em branco,
desperta para a escuridão,
às claras, no pretume azulado,
tão cheio de sombras e memórias,
à luz de meu passado, esperando
o amanhã raiar.
6.12.12
feminimamente
Em busca de interlocução que me olhe como mulher.
Apagada, sem contornos de minhas curvas, na aspereza de minha maciez, bela voz afônica, esganiçando piscadelas úmidas, amor pra dar em braços de ferro, rendida em joelhos bambos, fértil em casca seca.
Aos que trouxerem cantil, encontrarão a flor do cactus e se hidratarão dos cortes dos espinhos em sangue vermelho paixão.
Oásis pra nós, em sois, estrelas e vulcão.
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