*
na imagem, o coração apertado vem como comprimido
: uma pílula enlaçada que passa raspando na garganta.
*
mas no quarto, nas caixas, nos envelopes, nas lembranças
o coração apertado vem compriiiiido...
repleto de pilhas, poeiras, estantes, sequências, cantinhos...
*
apertado mesmo grande
que a bagagem é longa
e me acompanha sempre.
bagunças de memórias, esperanças, mágoas, alegrias...
*
tumultos convulsionando, procurando espaços,
me alcançando aos soluços, aos tropeços, aos sopetões...
*
quando abro espaço ao coração, é assim:
daí que ele fica mais ainda no maior aperto,
e me espremendo!
*
e eu fico aguardando novas emoções para viver e me tirar do sufoco.
(mas certa que em algum momento essas novidades passam
e se acumulam na mesma caixinha que bate ritmada
- e que somadas vão explodir em outra melancolia qualquer...)
(...) "meu coração também pode crescer. entre o amor e o fogo, entre a vida e o fogo, meu coração cresce dez metros e explode.
- Ó vida futura! Nós te criaremos." C.D.Andrade
7.12.11
6.12.11
crescendo na nova minguante cheia
no meu astral
nem inferno nem céu
talvez purgatório
ainda bem que roda, translada e eclipsa...
nem inferno nem céu
talvez purgatório
ainda bem que roda, translada e eclipsa...
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